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Sobrevivencialismo: um guia, curiosidades,pilares e  equipamentos para práticas extremas na natureza

Sobrevivencialismo: um guia, curiosidades,pilares e equipamentos para práticas extremas na natureza

Sobrevivencialismo: um guia, curiosidades,pilares e  equipamentos para práticas extremas na natureza

O sobrevivencialismo é uma prática rica e multifacetada que envolve uma combinação de conhecimento, habilidades práticas e uma mentalidade resiliente. Afinal, a natureza oferece desafios únicos e intensos que atraem aventureiros de todas as partes do mundo.

Portanto, preparar-se adequadamente, compreender os pilares do sobrevivencialismo e seguir as regras de sobrevivência podem fazer a diferença entre a vida e a morte em situações adversas.

Por isso, no post de hoje, procuramos responder algumas perguntas sobre o que é sobrivencialismo, o que é necessário para ser um sobrevivencialista, os pilares dessa prática, as regras de sobrevivência e o que deve compor um kit de sobrevivência.

O que é o Sobrevivencialismo?

Podemos afirmar que o  sobrevivencialismo é a arte e a ciência de se preparar para situações extremas e imprevisíveis, seja em ambientes naturais ou em cenários de desastres.

Portanto, essa prática envolve o desenvolvimento de habilidades para garantir a segurança, a saúde e o bem-estar em situações adversas.

A motivação por trás do sobrevivencialismo pode variar desde um desejo por aventuras ao ar livre até a preparação para emergências e catástrofes.

O que é necessário para ser um Sobrevivencialista?

Ser um sobrevivencialista exige um conjunto de habilidades, conhecimentos e a mentalidade correta.

Primeiramente, é necessário um profundo entendimento do ambiente natural e dos desafios específicos que ele pode apresentar. Isso inclui, por exemplo,  conhecimento sobre fauna e flora locais, padrões climáticos e geográficos.

Além disso, habilidades práticas como acender fogo, purificar água, construir abrigos e encontrar alimentos na natureza são fundamentais.

A mentalidade de um sobrevivencialista é igualmente importante. Ela deve ser marcada por resiliência, adaptabilidade e uma forte determinação para superar obstáculos. Ou seja, precisa ter a capacidade de manter a calma sob pressão e tomar decisões racionais em situações críticas.

O treinamento contínuo e a prática regular das habilidades de sobrevivência também são importante para garantir que, quando necessário, essas habilidades estejam afiadas e prontas para uso.

Quais são os pilares do sobrevivencialismo?

Nicole Apelian, da série Alone, do HISTORY

Os pilares do sobrevivencialismo são as bases sobre as quais todas as práticas e habilidades de sobrevivência se sustentam. Eles incluem:

Planejamento e preparação

O sobrevivencialista deve planejar meticulosamente antes de qualquer aventura. Isso inclui a criação de planos de emergência, a realização de pesquisas sobre o destino e a preparação física e mental.

Conhecimento e habilidades

Aprender e praticar habilidades de sobrevivência é fundamental. Isso abrange desde a navegação sem instrumentos até a medicina de emergência e a construção de abrigos improvisados.

Equipamento para segurança

Ter o equipamento correto pode fazer a diferença entre a vida e a morte em situações extremas. Portanto, saber escolher e utilizar cada item do kit de sobrevivência é de suma importância.

Mentalidade de sobrevivência

A resiliência mental e emocional é algo muito importante. Afinal, um sobrevivencialista deve ser capaz de manter a calma, pensar claramente e tomar decisões eficazes sob pressão.

Adaptabilidade e inovação

As situações de sobrevivência são imprevisíveis e podem mudar rapidamente. Portanto, ser capaz de se adaptar e improvisar com os recursos disponíveis é uma habilidade indispensável.

Quais as regras de sobrevivência?

As regras de sobrevivência são diretrizes práticas que ajudam a orientar as ações de um sobrevivencialista em situações extremas.  Olha aí, guerreiro, algumas das mais importantes:

Priorize suas necessidades: em situações de sobrevivência, atente-se  às necessidades básicas: abrigo, água, fogo e comida. Seguir essa ordem ajuda a garantir a sobrevivência a longo prazo.

Conserve energia: evite gastar energia desnecessariamente. Movimente-se com eficiência, mantenha-se aquecido e descanse sempre que possível.

Mantenha-se hidratado: a água é vital para a sobrevivência. Aprenda técnicas de coleta e purificação de água para garantir uma fonte segura de hidratação.

Proteja-se dos elementos: o clima pode ser um inimigo implacável. Construa abrigos adequados e mantenha-se seco para evitar hipotermia ou hipertermia.

Seja visível e faça sinais: se estiver perdido, torne-se visível para equipes de resgate. Para isso, faça uso de sinais de fogo, espelhos, ou qualquer coisa que possa chamar a atenção.

O que deve ter em um Kit de Sobrevivência?

Um kit de sobrevivência bem montado é um importante para qualquer aventura extrema. Ele deve conter itens que atendam às necessidades básicas e que possam ser utilizados em uma variedade de situações.

Confira alguns dos itens essenciais do kit de sobrevivência para você que chegou agora:

Perdeneira ou Isqueiro: essencial para acender fogo rapidamente, que pode ser usado para calor, sinalização e cozinhar alimentos.

Purificador de água ou pastilhas de purificação: garantir uma fonte segura de água potável é vital em qualquer situação de sobrevivência.

Ferramenta multifuncional: uma ferramenta que combine faca, serra, abridor de latas e outras funcionalidades é extremamente útil.

Cobertor térmico: leve e compacto, um cobertor térmico pode prevenir a hipotermia e proteger contra o frio.

Kit de primeiros socorros: inclua bandagens, antissépticos, analgésicos, tesouras e outros itens médicos essenciais.

Cordas e paracord: muito úteis para construir abrigos, escalar ou realizar reparos.

Lanterna e baterias extra: tenha uma boa iluminação para a navegação noturna e para sinalização.

Mapa e bússola: mesmo com a tecnologia moderna, mapas físicos do local e uma bússola são importantes para a navegação.

Roupas extra : roupas secas e adequadas para o clima ajudam a manter a temperatura corporal e a proteger contra os elementos.

Alimentos de alta energia: barras de proteína, nozes e outros alimentos de alta caloria fornecem energia necessária para sustentar-se em situações de sobrevivência.

Curiosidades sobre o sobrevivencialismo

  • O sobrevivencialismo não é apenas uma prática moderna; suas raízes podem ser encontradas nas tradições antigas de várias culturas.
  • Os povos indígenas, por exemplo, desenvolveram técnicas de sobrevivência através de gerações de interação com o ambiente natural.
  • Essas práticas ancestrais continuam a influenciar as técnicas modernas de sobrevivência.
  • Outra curiosidade é a popularização do sobrevivencialismo através de programas de televisão e mídias sociais.

Shows como “Man vs. Wild” (apresentado por Bear Grylls ) e “Survivorman” trouxeram o sobrevivencialismo para o mainstream, inspirando muitas pessoas a aprender e praticar essas habilidades.

No entanto, nunca se esqueça que a realidade pode ser muito mais severa e imprevisível do que o que é mostrado na tela.

Sobrevivencialismo: invista numa bota de qualidade

Para aqueles que buscam aventuras extremas na natureza, investir em um kit de sobrevivência, estar bem equipado e desenvolver habilidades de sobrevivência são desuma importância.

As botas Kaluci, por exemplo, são conhecidas por sua durabilidade e conforto, e podem ser um complemento indispensável para qualquer sobrevivencialista, proporcionando a segurança e a proteção necessárias para enfrentar os desafios mais rigorosos da natureza.

No vídeo acima post estão as botas SURVIVALIST (tem tênis também), produzidas em parceria com o Batata (entrevista abaixo), do canal Guia do Sobrevivente.

Já no vídeo abaixo o sobrevencialista Batata fala sobre o modelo Thor Alpha.

Entrevista com o Batata, do Guia do Sobrevivente

O que o motivou a se tornar um sobrevivencialista e como você começou nessa prática?

Aos cinco anos de idade ingressei num grupo escoteiro e segui por muitos anos, fui de “castor” à diretor de grupo, de certa forma a ideia de sobrevivência e práticas mateiras sempre fez parte da minha rotina.

Em 2009, me vi numa sinuca de bico, uma crise financeira me pegou de cheio, ao mesmo tempo que descobri que minha esposa estava grávida.

Tinha poucas opções e uma delas era transformar o pouco que tinha para sobreviver, ao mesmo tempo que comecei a transformar o quintal de casa num espaço produtivo para garantir alimento, passei a me dedicar aos estudos e pesquisas sobre todos os aspectos que englobam a sobrevivência humana, e claro, colocá-los em prática.

Quais são as habilidades mais importantes que um sobrevivencialista deve desenvolver primeiro?

São essenciais para qualquer sobrevivencialista saber diversas formas de purificar a água – item essencial para sobrevivência, saber primeiros socorros, cozinhar, cultivar alimentos, saber usar ferramentas e fazer pequenos consertos, além de aprender sobre os métodos corretos para estocar alimentos.

Você poderia explicar como o planejamento e a preparação influenciam o sucesso em situações de sobrevivência?

Costumo dizer que a preparação é como se fosse uma apólice de seguro, afinal nunca sabemos quando e se iremos passar por uma situação de emergência, mas ainda assim é melhor estar preparado e não precisar, do que precisar e não ter nada.

Dificilmente uma pessoa irá conseguir se preparar do dia para a noite, por isso o preparo prévio é imprescindível. Com ele você traça uma meta, faz um plano e coloca em ação para atingir seu objetivo. Atingiu? – passa para o próximo nível.

E assim segue, com um passo de cada vez, você vai se preparando para possíveis ameaças e se nenhum imprevisto acontecer, no final das contas você prosperou!

Em sua opinião, quais são os erros mais comuns que as pessoas cometem ao se prepararem para situações extremas?

São vários, começando pelo exagero. As pessoas saem comprando e acumulando itens, sem ter absolutamente nenhum planejamento; na hora da crise a pessoa tem 7 toneladas de papel higiênico e zero de alimentos.

Portanto, criar protocolos, medidas de segurança, para se preparar é algo muito importante e que torna todo o processo mais viável.

Outro fator muito comum são as compras erradas, do tipo gastar com equipamentos ineficientes os quais tem uma vida útil limitada ao invés de investir em produtos de melhor qualidade, onde você gasta apenas uma vez.

Isso ocorre quase sempre por falta de conheciento pois o Brasil não tem uma cultura de sobrevivência, muitas pessoas não vão atrás desse tipo de informação.

Como você vê a evolução das práticas de sobrevivencialismo ao longo dos anos e o impacto da tecnologia moderna?

O sobrevivencialismo vem ganhando relevância ao longo dos últimos anos, cada vez mais pessoas estão aderindo a esta prática.

Com as mudanças globais, o mundo de pernas para o ar e a incerteza de não se ter o almoço de amanhã garantido, tem feito com que as pessoas que ainda tem condições de ser preparar comecem a agir. Portanto, a necessidade faz com que essa consciência sobrevivencialista ganhe um reforço em tempos atuais.

Em termos de equipamento é uma evolução magnífica, são novas tecnologias, novos materiais, nem tem como comparar, por exemplo, uma lanterna fabricada no anos 2000 com algo que foi lançado recentemente.

Já em termos de tecnologia da informação, por conta da inteligência artificial, está cada vez mais difícil discernir o que é informação real ou fake e isso, muitas vezes, atrapalha saber o que é uma ameaça real, dificultando para muitas pessoas, principalmentes os iniciantes.

Quais são os maiores desafios que você já enfrentou em uma situação de sobrevivência e como os superou?

A pior delas foi uma criase financeira, como comentei anteriormente e o que deu início ao Guia do Sobrevivente.

Foi um período bastante difícil que teve ínicio entre 2008 e 2009, quando uma bolha imobiliária estourou nos Estados Unidos e muitos aqui no Brasil sentiram as consequências.

Na época, faziam três anos que eu e a Raposa, havíamos migrado da capital para o interior, trocando nossos empregos por uma vida de empreendedorismo em busca de mais qualidade de vida.

Tínhamos uma agência de Comunicação e Marketing e do dia para noite perdemos todos os nossos clientes que também foram afetados pela “marolinha” financeira que chegou por aqui.

Decididos a não voltar para São Paulo, comecei a usar toda a minha experiência de anos no escotismo para transformar o quintal de casa em algo produtivo, ao invés de manter um jardim que só dava gasto. Consegui um emprego de garçom e me descobri um grande coletor… nenhuma caçamba passava desapercebida e toda a lenha de poda das árvores da rua encontravamos, recolhiamos para cozinhar.

Foram anos bastante difícieis, mas as poucos o pequeno quintal começou a produzir e com isso conseguíamos salvar uma grana que ajudava a pagar as contas da casa e as dívidas da empresa. Porém quando as coisas começaram a entrar nos eixos, não abandonamos os hábitos adquiridos, pelo contrário, nos motivamos a fazer mais e mais.

Pode compartilhar alguma história ou experiência pessoal que ilustre a importância de estar bem preparado?

O fato de hoje estar bem preparado, faz com que eu não passe mais por perrengues como o que vivemos lá no passado. Mas posso te dizer que ao logo de mais de 15 anos de canal, já recebemos muitos relatos, em especial depois da pandemia, de pessoas que se safaram das mais diversas situações pois tinham aprendido conosco a fazer o preparo prévio.

Há um mito de que as pessoas se preparam para o apocalipse, para o fim do mundo… a gente se prepara para situações muito mais reais, como perder o emprego, uma crise financeira, uma greve de caminhoneiros, a violência que assola as grandes cidades. Situações que a gente vê todos os dias, sempre que abrimos o noticiário.

Como a mentalidade e a resiliência emocional influenciam a capacidade de sobrevivência em ambientes extremos?

Quando você está preparado para o que pode vir a enfrentar você passa com tranquilidade pela situação e ainda tira grandes lições do que pode fazer melhor, ou do que não fazer para cometer os mesmos erros.

Ou seja, ser sobrevivencialista te dá uma sensação de segurança e amparo. Do contrário, você provavelmente vai se sentar na porta do desespero.

Quais itens você considera indispensáveis em um kit de sobrevivência e por quê?

Existe um lista chamada de “10 essênciais”, que traz itens importantes para uma situação de sobrevivência. Criada há mais de 50 anos atrás por nomes remonados como Nessmuk e Baden Powell, mas muito válida ainda hoje e que lapidamos com itens mais atuais:

  • Navegação:  mapa topográfico e mapas variados em recipiente à prova d’água, mais uma bússola magnética, altímetro ou receptor de GPS.
  • Proteção Solar: óculos de sol, protetor solar para os lábios e pele, chapéu, roupas para proteção do sol.
  • Isolamento: chapéu, luvas, jaqueta, agasalhos para mudanças súbitas de tempo.
  • Iluminação: farol, lanterna, pilhas. Lâmpadas LED é o preferido para estender a vida da bateria.
  • Suprimentos de primeiros socorros, além de repelente de insetos.
  • Fogo: Isqueiro, Pederneiras ou fósforos em recipiente à prova d’água.
  • Kit de Reparação e Ferramentas: facas, multi-ferramentas , tesouras, alicates, chave de fenda, espátula / pás, fita adesiva, abraçadeiras.
  • Nutrição: Adicionar comida extra para um dia adicional (para emergências). O alimento seco é o preferido para economizar peso e, geralmente, precisa de água.
  • A hidratação:  Adicionar de 2 litros de água por um dia adicional (para emergências).
  • Abrigo de Emergência: Lona, saco de bivaque , cobertor aluminizado , barraca, sacos de lixo jumbo, saco de dormir e isolante térmico.

Outros itens não menos importante, complementam essa lista. São eles:

  • Kit para purificação de água portátil e garrafas de água
  • Ferramenta média para o ambiente específico. ( machado de neve, facão, pá, machadinha)
  • Repelente de insetos (ou roupas desenhadas para esta finalidade)
  • Dispositivos de sinalização, como um apito , telefone celular , rádio , telefone via satélite , espelhos sinalizadores.

Que conselhos você daria para iniciantes que desejam se aventurar no mundo do sobrevivencialismo?

Se preparar para algo que talvez nunca vá acontecer, não é fácil; muitas pessoas desistem no meio do caminho e é aí que geralmente os imprevistos acontecem. Então, perseverança! O começo é difícil para todos.

Então é isso, aventureiros, com este guia, esperamos que você esteja mais preparado para se aventurar com segurança e confiança, sabendo que está equipado com o conhecimento e as ferramentas necessárias para sobreviver e prosperar em qualquer ambiente extremo.

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